HÉRNIAS DE DISCO

HÉRNIAS DE DISCO

Você sabia que os cães e gatos possuem alta propensão a desenvolverem hérnias de discos graves, e em grande parte dos casos eles chegam a perder os movimentos das patinhas? 

Se o seu cãozinho ou gatinho já passou por algum problema de coluna ou paralisia de membros, ou você quer evitar que isso possa acontecer, não deixe de ler este texto até o final.
A coluna vertebral dos animais é composta basicamente pelas vértebras, pela medula espinhal e suas ramificações, os discos intervertebrais e as estruturas ligamentares de estabilização. Obviamente a musculatura adjacente exerce um papel fundamental também para dar sustentação e permitir o funcionamento adequado da coluna.

Discos Intervertebrais (DIV)

Os discos intervertebrais são estruturas fibrocartilaginosas que estão dispostos entre cada vértebra, com o intuito de promover um amortecimento a impactos e permitir boa mobilidade à coluna.
 
No núcleo pulposo do disco a composição principal é a água (cerca de 80% se estiver saudável), colágeno tipo II e fibras de elastinas incorporadas a proteoglicanos, que dá o aspecto gelatinoso. Já o anel fibroso é constituído por tecido fibrocartilaginoso, ele forma um anel em torno do núcleo pulposo, realizando a função de retenção do mesmo. Os discos sofrem um processo de degeneração natural com a idade, e isso pode acontecer de forma mais acelerada em algumas raças.

Raças condrodistróficas (dachshund, pug, shih tzu, lhasa apso, entre outras) sofrem com um envelhecimento precoce dos seus discos intervertebrais, além de estes possuírem uma menor capacidade de absorção de impactos. Se caracterizam, pela interrupção precoce da ossificação endocondral dos ossos longos, que resultam em ossos mais curtos. Essa degeneração precoce do DIV nessas raças faz com que o controle da saúde da sua coluna e o tratamento preventivo da mesma, deve iniciar mais tardar aos 4 anos de idade. Independente do aparecimento de sintomas pois já atendemos muitos casos de lesões de coluna em pacientes jovens com um a dois anos de idade, logo a prevenção pode iniciar desde filhote.
 

Raças braquicefálicas (buldogue francês, buldogue inglês, pug, boston terrier, entre outras) apresentam uma forte tendência a possuírem más formações vertebrais como as hemivértebras. Essas más formações tendem a alterar a biomecânica da coluna e predispõe ao surgimento de lesões compressivas na mesma. Estes animais também devem fazer uma avaliação o mais precocemente possível, em caso de detecção de hemivértebras o ideal é iniciar o tratamento preventivo de fisioterapia, acupuntura e quiropraxia imediatamente, mesmo que não sejam percebidos sintomas.
   
O excesso de pressão sobre os discos, seja devido as má-formações, degeneração acelerada, processo de calcificação deles, fraqueza muscular, tensão muscular, obesidade, entre outros, acabam gerando a ruptura parcial ou total do anel fibroso e permitindo que o núcleo pulposo se projete no sentido da medula ou das raízes nervosas causando compressões de diferentes graus de comprometimento.

A medula espinhal que é a responsável por levar os impulsos nervosos do cérebro até todas as partes do corpo e enviar de volta ao mesmo as informações recebidas, ao sofrer o impacto ou compressão pode desencadear desde um simples sintoma de dor até um grande edema e degeneração do tecido neural, levando a paresia ou paralisia de membros.

A falta de exercícios físicos regulares, geram fraqueza muscular, baixa elasticidade e sobrepeso, que também acabam favorecendo o aparecimento de lesões. Importante lembrar também que passeios de aproximadamente 10 minutinhos para fazer as necessidades não podem ser considerados exercícios físicos, os animais necessitam caminhar bastante sem parar, correr, exigir de sua função cardiorrespiratória e a musculatura torácica (essa informação não é a mesma para o animal com problemas cardiológicos), em um ambiente seguro que não escorregue. 

Os discos intervertebrais necessitam de movimento para absorverem o líquido que lubrifica a articulação e nutre as células, quando a coluna não se movimenta muito esses discos tendem a ressecar e calcificar, ficando mais predispostos a rompimentos.

Além de tudo isso, sabemos que mesmo com bastante cuidado é comum a coluna sofrer algum tipo de sobrecarga no dia a dia. Então entra a terapia preventiva, realizando sessões que beneficiam a coluna e ajustam seu pleno funcionamento antes que as pequenas ocorrências se agravem.

Não só a coluna sofre com hábitos não seguros de vida, todas as articulações dos membros também. Já se imaginou pulando de uma sacada no segundo andar várias vezes por dia? É exatamente este impacto que as articulações de um cão de pequeno porte sofrem ao pular de uma cama ou sofá. E como seria se nessa queda da sacada, o solo que você irá cair, se esforçar para ficar em pé e não se machucar, for duro e escorregadio? Este é um dos grandes motivos das agendas de reabilitação de tantos profissionais mundo afora estarem lotadas. A maioria das residências estão adaptadas para as pessoas e não para os animais. Se você trata seu pet como um filho assim como nós, você tem que adaptar ao menos algumas partes da casa e a sua rotina, para promover segurança aos seus animaizinhos.

Utilize pisos antiderrapantes para as patinhas, tapetes, passadeiras, tatames, principalmente no local onde você costuma interagir com seus pets. Se você os permitir subir na cama ou sofá, coloquem escadas, rampas, ou qualquer objeto seguro que diminua a altura e o impacto dos saltos.

Não quer dizer que as lesões ocorram apenas nos ambientes internos das casas, e muito menos que animais que se exercitam bastante estarão livres de lesões. Acidentes acontecem inclusive com nós humanos, mas a casuística da maioria das lesões se deve muito mais ao sedentarismo, obesidade e maus hábitos de vida, do que os traumatismos se exercitando e brincando.

Procure sempre por um Veterinário especializado em reabilitação, e fisioterapia animal para avaliar, prevenir e tratar a coluna do seu pet. O tratamento multidisciplinar com acupuntura, fisioterapia, quiropraxia, ozonioterapia e alta tecnologia, costumam entregar os melhores resultados na recuperação e prevenção dos problemas de coluna em cães e gatos. Muitos casos de dor e paralisias de membros em cães e gatos já foram revertidos por completo com estes tratamentos.

© Copyright 2024. DIVIA Marketing Digital. Todos os Direitos Reservados

Agência de Marketing Digital
Clique para Ligar
Fale por WhatsApp

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias para oferecer melhor experiência e conteúdos personalizados, de acordo com a nossa Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.


Li e aceito as políticas de privacidade.